Os Limites

O pediatra Mário Cordeiro, fala-nos de limites.

Chama-nos a atenção para a importância do seu estabelecimento, e diz-nos quais as consequências que a falta de limites causa nas crianças.

Segundo o autor, pais excessivamente permissivos, que promovem um ambiente onde não são impostos limites às crianças, cultivam nos seus filhos, o egocentrismo, o narcisismo, a omnipotência, e uma grande incapacidade para reagir à frustração.

As crianças, filhas da falta de limites, são de trato difícil, manifestando muitas dificuldades em integrar-se na escola, e em ambientes sociais com pares, e mais tarde tornam-se adultos com grandes dificuldades a nível da sua vida laboral, social e emocional.

A incapacidade para reagir às frustrações normais do dia-a-dia, que estas pessoas manifestam, vão gerar birras, seja em tenra idade, ou em idade adulta, e quando estas birras deixam de resultar, surge sofrimento por parte destas pessoas, que até então também fizeram sofrer muita gente.

É importante saber..

Que os limites são fundamentais na estruturação e desenvolvimento de uma criança, e são eles que vão permitir a construção de relações saudáveis. O saber dizer não, é essencial para a ajudar a estabelecer estes mesmos limites.

São os limites que vão permitir à criança posicionar-se adequadamente na relação com o outro, e integrar-se no mundo real, onde nem tudo acontece como queremos, compreendendo o que é esperado de si e percebendo o que pode fazer para agradar e corresponder às expectativas do outro.

É importante habilitarmos as nossas crianças desde cedo a lidar com as contrariedades normais da vida, sem dramatismos ou sofrimento.

A reter..

Os limites devem ser adequados à idade da criança, e ao seu nível de desenvolvimento.

Devem ser claros e exequíveis.

Não vale a pena impor limites que os pais não tenham capacidade de fazer respeitar.

Saber dizer não, é essencial.

A perda de privilégios é a melhor forma de castigo quando um limite não é respeitado.